

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), lançou, nesta sexta-feira, sua pré-candidatura à Presidência da República, no Centro de Convenções de Salvador, onde também recebeu o título de Cidadão Baiano, proposto por seu correligionário deputado Sandro Régis.
No discurso, Caiado disparou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve tentar a reeleição. Ele afirmou que o país não tem um plano de governo e que o petista empurra para prefeitos e governadores as responsabilidade econômicas.
“O governo Lula não tem plano de governo. Ele não sabe para que veio. Na hora que ele implanta uma taxa de juros de 14,25%, na hora que implanta o processo inflacionário no país, ele toma duas medidas — o que é característico do incompetente e de quem não gosta de trabalhar: passar a responsabilidade para os estados e para os prefeitos”, disparou. “O problema da cesta básica é dos estados e dos prefeitos. Pelo amor de Deus, Lula, você não dá conta de governar. Deixa a gente chegar lá e tomar conta deste país, botar comida na mesa do cidadão.”
Mesmo sem citar nomes, Caiado ainda criticou a escolha da deputada Gleisi Hoffmann para a Secretária de Relações Institucionais (SRI), afirmando que tê-la na articulação do governo com o Poder Legislativo é “elefante em uma casa de louça”. “Aí, vem o segundo golpe: agora tem uma líder lá, foi colega nossa no Parlamento, no Senado, e todo mundo sabe que a única característica que ela tem é não saber articular. E ele botou ela como secretária de articulação política no governo. É um elefante em uma casa de louça”, afirmou.
Mais segurança
O gestor goiano enfatizou, também, a própria atuação no estado, focada na pauta de segurança pública. Ele destacou que Goiás tinha quatro cidades entre as mais perigosas do país quando assumiu o posto. “E foi naquela hora, na frente da minha tropa, na posse de governador do estado que eu disse: ‘O primeiro mandamento do governador Ronaldo Caiado é ou bandido muda de profissão ou o bandido muda de estado”, esbravejou.
Ele citou a escalada de atuação das facções criminosas pelo Brasil, que, segundo disse, impedem o pleno exercício do Estado Democrático de Direito. “Não existe Estado Democrático de Direito onde há a ação de facções criminosas. Não existe isso na Europa. Isso só existe num país em que o governo é complacente com o crime. Essa é a realidade”, afirmou. “Porque nós, em Goiás, não temos a criminalidade que tinha há seis anos. Nós temos a melhor polícia do Brasil, mas também porque tem um governador que acompanha as ações da polícia para ela agir no estado.”